O senhor tem toda razão coronel. Embora ainda seja muito cedo para podermos duvidar das reais intensões do Santo Padre, que em geral parecem muito boas e coerentes com a sã doutrina, não se pode negar que algumas de suas declarações em entrevistas, ao menos da forma com que são divulgadas na imprensa, causam, sim, uma certa perplexidade. Mas os seus comentários no vídeo anterior foram muito cuidadosos, sem nenhuma tendenciosidade, digamos assim, em relação às supostas intensões do Papa. Pelo contrário, o senhor frisou muito bem que as supostas declarações não condizem com a postura que se reconhece como sendo a do Papa Francisco. Foram somente reflexões feitas a partir dos fatos vistos e ouvidos em público, haja vista a responsabilidade representada pelo cargo do Pontífice. Também acredito que, no afã de incrementar e acelerar, digamos assim, a sua missão pastoral, em querer atrair o mundo de volta para a Igreja, o Santo Padre pode ter tropeçado em certas palavras por falta uma de uma maior reflexão prévia. A Santa Igreja é infalível, sim, mas não os homens que a representam. E se ele não declarou tais palavras em um documento oficial, como o senhor bem salientou, elas não estão protegidas por tal infalibilidade.